segunda-feira, 11 de abril de 2011

Que diferença faz?

Que diferença faz?
IMAGEM: www.flickr.com/photos/danicamendes

 Levo o mundo dentro do meu coração.
 Penso que os meus sentimentos são representações de muitas coisas que não pude viver, vivo aprendendo, aprendo vivendo e choro com um sorriso diário.
Diálogos internos sempre existem.  Problemas externos sempre persistem e eu, continuo vivendo muitos anos em um. O problema é que quando atraso o meu viver atraso o meu ser. Sei que  quem está a minha espera, espera estar ao meu lado nas horas  de desapego.  Deixa prá  lá! O meu coração corteja a virtude, o meu sentir-se se ilude  com a perspectiva de um beijo  amador,  que ama beirar a vida de muita pessoas.
 O passado insiste em bater na porta dos que se lembram  de tudo o que deviam esquecer. Esqueço que sou apenas mais um ser humano aprendiz e não tenho a menor ideia de como desaprender a sofrer.
Desperdiço todo o agir racional e elevo o querer por querer. Sei que não tem nada a ver com o que pretendo alcançar, mas este descaminho significa um desequilíbrio necessário... Rastejar é preciso! Só assim, reconhecerei os melhores caminhos, repetindo o que não é preciso, porém,  desviando o que não é bem vindo.
Aguardo ansiosamente um grau elevado. De vez em quando desço ao fundo do poço que um dia cavei com as minhas próprias mãos, por onde estive durante vários anos, reconhecendo o meu passado, relativizando o presente e desconhecendo o desejo de ser mais um interessado no  “Statu quo.
Dizer não às repetições  leva-me a uma paz passageira, porém, significa ser  diferente do “hoje será do mesmo jeito de sempre”. Passar pela vida é o mesmo  que passar a vida inteira sendo quem você não é, beijando e engolindo sapos, querendo e contentando-se com o que é “real” em  sua vida, renegando o que pode trazer a sensação de total felicidade, mesmo que ela seja desprovida de qualquer norma social.
Nesse contexto, ouço palavras soltas e vejo atitudes contraditórias. Mesmo assim, se eu decidir ser o contrário de tudo isso, serei mais um a ficar a margem do sistema organizado, que não tem o costume de organizar a vida dos que são considerados diferentes.
Não dá para sentir um Feliz Natal quando se está ou conhece alguém que está faminto, seja de alimento ou sentimento.  Não dá para esperar um feliz ano novo quando se tem como certa apenas a mudança cronológica dos nossos destinos.

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